A recompensa de Jesus

“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:44)

Não há outro que tenha cumprido a ordem acima com tanto louvor e perfeição quanto o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Ele é o Bom Pastor que vai atrás da ovelha perdida (João 10:11), mesmo que para isso tenha que enfrentar uma forte tempestade andando por sobre as águas (Mateus 14:25). Mesmo assim, foi abandonado por todos os discípulos no lugar chamado Getsêmani (Mateus 26:56) e depois negado por Pedro, quando jurou não conhecê-lo (Mateus 26:72).

Jesus Cristo pregou liberdade aos cativos e pôs em liberdade os oprimidos, mas isso lhe custou a própria liberdade, quando foi preso e maniatado pela coorte, tribuno e servos dos judeus (João 18:12).

Apesar de nunca ter pecado, ou de nunca ter saído engano ou mentira de sua boca, Jesus foi considerado um réu blasfemo e perigoso demais para continuar apenas preso. Ele deveria ser morto (Mateus 12:14).

Sem nunca ter afligido a alguém, Jesus foi escarnecido (Lucas 23:63, Marcos 15:31). Ele deu vista aos cegos e audição aos surdos, porém foi ferido no rosto (Lucas 22:64). Ele livrou uma mulher de ser apedrejada, mas não livrou a si mesmo de ser açoitado e castigado, porque sabia que o seu sofrimento traria a salvação para muitos (Marcos 10:45).

Jesus Cristo recusou ser feito rei pelos homens (João 6:15), porque o seu reino não é deste mundo (João 18:36). Pela força, porém, ainda que Ele não resistisse, vestiram o seu corpo já castigado pelos açoites e pontapés com uma roupa de púrpura, puseram uma coroa de espinhos em sua cabeça e uma cana em sua mão para depois dizerem: “Salve, Rei dos judeus” (Marcos 15:18).

O SENHOR, que até então havia caminhado muito para fazer tão somente o bem, caminhou com grande dor, entregando suor e sangue pelo caminho, levando ainda um madeiro pesado por sobre as costas surradas, rumo a sua própria crucificação.

Por ter curado muitas vidas, Ele enfermou e foi moído (Isaías 53:4-5). Ele estancou o sangue de uma mulher que sofria com hemorragia, mas o seu próprio sangue deixou escorrer, até que depois disso viesse apenas a água (João 19:34). Verdadeiramente Ele poupou a todos, mas não poupou a si mesmo, em demonstração de amor inigualável e jamais vista antes ou depois.

“Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:6-8)

Jesus começou o seu ministério de uma forma difícil e o terminou de uma forma ainda pior. Quando veio ao mundo, que Ele mesmo criou, já não havia lugar para Ele (foi posto em uma manjedoura – fora da estalagem). Ao concluir a sua missão, foi humilhado pelos homens e alcançou a esperada e imerecida morte de cruz – fora da cidade.

O inferno fez de tudo para que Jesus Cristo descesse da cruz naquele dia, mas Ele perseverou até o fim, suportando a dor e as afrontas do povo. Mesmo enquanto zombavam dele dizendo “desce daí se tu és o Filho de Deus!” Ele intercedia a favor dos pecadores.

Depois de enfrentar tudo, o Senhor Jesus obteve a sua merecida recompensa: Ele ressuscitou, está vivo pelos séculos dos séculos e será o Rei dos reis por toda a eternidade.

Ele é o grão de trigo que caiu na terra e que morreu dando muito fruto (João 12:24). Mas porque está vivo, Ele pode, nesse exato momento, contemplar o resultado de todo o seu grande esforço: eu, você e todos aqueles que crerem.

“Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.” (Isaías 53:11-12)

“Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:9-11)

Um dia, o veremos face a face e o conheceremos, não mais em parte, mas como somos conhecidos (1 Coríntios 13:12). Quem sabe nesse dia, poderemos passar pela mesma e indelével experiência do nosso irmão e apóstolo João, que já está com o Senhor:

“E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1:17-18)

“Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.” (Judas 1:25)

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