Unidade, objetivo comum e comunicação

Existem duas maneiras de realizar tarefas: individualmente ou em grupo.

Realizar tarefas individualmente pode ser mais fácil em determinadas situações, porém, dependendo da atividade a ser realizada, será necessária a atuação coordenada de várias pessoas em conjunto.

Quando o Senhor Jesus Cristo começou o seu ministério, Ele não optou pelo trabalho solitário, mas escolheu e capacitou homens que o auxiliariam na importante tarefa de anunciar o Reino de Deus aos homens.

Após a ressurreição de Cristo, Ele ainda ordenou a seus discípulos que partissem e evangelizassem o mundo inteiro, ordem que vem sendo cumprida até agora.

Mas para que o trabalho de um determinado grupo de pessoas dê certo, como o trabalho realizado por membros de uma comunidade cristã, por exemplo, é necessário que esse grupo esteja em sintonia.

Acerca disso, temos muito a aprender com o exemplo dos homens da terra de Sinar, que se juntaram para construir uma grande torre chamada Babel. Veja:

“E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal. E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” (Gênesis 11:1-6)

O segredo para o sucesso do trabalho em grupo está na curta mensagem acima e quem atesta a eficácia é o próprio Deus!

“Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer”

Não importa se estamos falando do sucesso da igreja, de uma associação ou até mesmo de uma empresa, é necessário que esse grupo seja um (esteja unido), fale uma mesma língua (exista comunicação) e tenham um objetivo comum (mesmo foco).

Para um grupo que reúne essas características, Deus termina dizendo que “não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer”.

Também no Evangelho, encontramos ensino semelhante, quando Jesus diz:

“Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.” (Mateus 12:25)

Unidade, objetivo comum e comunicação são indispensáveis para o sucesso de qualquer grupo de pessoas que deseje desempenhar algum trabalho. Imagine uma congregação cristã que não reúna essas características.

Os membros estão divididos na forma de pensarem a doutrina cristã fundamental, têm objetivos e expectativas diferentes e, ainda por cima, não se comunicam de forma eficiente. Como essa comunidade prosperará?

Agora imagine a mesma situação num casamento. O casal que não se comunica, não tem os mesmos interesses e que não caminha para o mesmo sentido fatalmente se desfará.

Perceba que Deus não estava equivocado quando testemunhou acerca daqueles homens de Sinar.

Se o problema de um grupo de pessoas é falta de unidade, é necessário resolver esse problema o quanto antes, porém com diálogo (comunicação), até que todos falem uma mesma língua e tenham objetivos comuns.

A igreja que se reúne com unidade, que é comunicativa e que está focada no reino de Deus produzirá grandes resultados para Deus. Essa igreja evangeliza e causa impactos visíveis e positivos na sociedade em que está inserida.

Porém de nada adiantará ter unidade, comunicação e objetivo comum se as pessoas estiverem realizando um trabalho contra a vontade de Deus. O caso dos homens da terra de Sinar nos mostra isso.

Eles estavam realizando o trabalho de forma coordenada, porém não contavam com a bênção de Deus, pois o motivo não era nobre.

A torre, citada em Gn 11:4, era uma espécie de homenagem pagã a ídolos abomináveis. Era comum os homens da antiguidade construírem torres como oferta a divindades, em troca de proteção contra calamidades e vitórias em guerras travadas contra outros povos, igualmente pagãos.

Quando falamos em atuação da igreja, nunca devemos nos esquecer de que o líder maior, o cabeça da igreja, é Jesus Cristo. Portanto é Ele quem deve guiar os trabalhos. Quando os homens tomam para si o controle das coisas, os resultados costumam ser infrutíferos e, muitas vezes, trágicos.

“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.” (1 Coríntios 1:10)

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