Israel: a testemunha de Deus

Há aproximadamente 700 anos antes de Cristo, Deus fez uma declaração curiosa acerca de Israel. Usando o profeta Isaías, o SENHOR falou:

“Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” (Isaías 43:10)

Como se sabe, séculos depois dessa declaração, Israel rejeitou o Messias, o Unigênito de Deus, e o crucificou. Até hoje, Israel tem considerado o Yeshua Yamashia (Jesus Cristo) somente um profeta comum, e não o próprio Deus. Além disso, não costumamos ver os judeus saindo pelo mundo para falar sobre o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Por causa disso, teria Deus se equivocado ao chamar Israel de suas testemunhas?

Jamais. Israel é, de fato, uma fiel testemunha da existência desse Deus Todo-Poderoso, Único e Criador, ainda que não preguem a Palavra de Deus às demais nações.

Isso só é possível porque as coisas que Deus anunciou para acontecer em Israel foram cumpridas e continuam se cumprindo, diante de todos. Por essa razão, Deus conseguiu transformar aquela nação em testemunha da sua existência.

“Para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isto, e o Santo de Israel o criou.” (Isaías 41:20)

Existem várias profecias nas Escrituras Sagradas, sobre diversos assuntos. Muitas dessas profecias foram dirigidas a Israel. Profecia é uma informação precisa acerca de algo que deve acontecer no futuro, próximo ou distante, que se cumpre fielmente, caso seja realmente oriunda de Deus.

“Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele.” (Deuteronômio 18:22)

Israel é cenário do cumprimento de muitas profecias importantes, porém existe uma muito especial, não somente para Israel, como também para todos os povos.

Essa profecia saiu da boca do Senhor Jesus Cristo e está diretamente relacionada com o tempo de sua vinda. Nesse momento, Israel nos dá um testemunho impressionante de que a vinda do Senhor Jesus Cristo é iminente. Observe:

“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mateus 24:32-35)

A volta de Cristo está condicionada ao cumprimento dessa profecia. Quando os ramos da figueira se tornarem tenros e brotarem folhas, Ele estará próximo, às portas. Quando a figueira finalmente possuir essas características, não passará esta geração.

Para saber qual o sentido dessa profecia, em forma de parábola, é preciso saber quem é essa figueira. Para obtermos a resposta, analisemos uma outra parábola:

“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?” (Lucas 13:6-7)

O certo homem da parábola é Deus. Ele tinha uma figueira plantada em sua vinha, isto é, a nação de Israel plantada no mundo.

Ao procurar nessa figueira fruto de arrependimento e de fé, pelo período de três anos, Deus não o encontrou. Três anos completos foi o tempo que durou o ministério de Jesus Cristo em Israel, desde o batismo até a sua morte na cruz e ressurreição.

Na parábola, o certo homem diz: “Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?”. Da mesma forma, Israel foi cortada por causa da rejeição do Messias, o Senhor Jesus Cristo. Israel não produziu frutos de arrependimento, não conheceu o tempo da sua visitação (Lucas 19:44), e isso lhes causou a destruição. A figueira foi cortada, no ano 70 d.C., pelo exército romano.

“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias! porque haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” (Lucas 21:20-24)

Jerusalém foi cercada por Roma e conquistada, apesar da grande resistência do exército judeu. O historiador judeu Josefo, que viveu durante o período do primeiro século d.C., relata que Tito desejou preservar o Templo, porém não pôde conter os ânimos de seus soldados, que acabaram por incendiá-lo.

As paredes do Templo eram revestidas com muito ouro e pedras preciosas (Lucas 21:5). Com o calor, uma grande quantidade de ouro escorreu por debaixo do piso, forçando o exército romano a retirar as pedras, para que pudesse resgatá-lo de sobre o chão debaixo delas. Assim se cumpriu mais uma profecia bíblica:

“Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.” (Mateus 24:2)

Os cristãos que creram no Senhor Jesus Cristo puderam se salvar, escapando de Jerusalém. Os que estavam na Judéia e no meio da cidade saíram dela e fugiram para os montes e para outras regiões que não eram interessantes para Roma.

Da mesma forma, hoje a Palavra de Deus está sendo pregada em todo o mundo. Todo aquele que crê também poderá ser salvo, assim como aqueles que fugiram de Jerusalém, seguindo a orientação de Jesus.

“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5:9)

Depois de muitos séculos, finalmente a figueira ressurgiu, em 1948, após o fim da Segunda Grande Guerra Mundial, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Amós:

“E trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus.” (Amós 9:14-15)

Após a Segunda Grande Guerra, os judeus residentes em vários países do mundo puderam finalmente voltar para a sua nação e repovoar aquela terra, reedificar as cidades, plantar vinhas e árvores frutíferas em grande quantidade, a ponto de exportar o seu fruto para outros países, conforme a profecia.

Jerusalém foi reerguida, porém ainda é uma nação cujo território é dividido também com pessoas de outras nações, ou seja, os gentios (Lucas 21:24). Em Jerusalém, existem vários espaços reservados para pessoas que professam uma fé não judaica, como o Domo da Rocha, local visitado pelos mulçumanos.

Quando o tempo dos gentios se completarem, então o restante da profecia de Jesus Cristo, será cumprida:

“E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória.” (Lucas 21:25-27)

Mas quando se completará o tempo dos gentios?

Para obter essa resposta, novamente é preciso voltar à parábola da figueira. Na parábola, Jesus afirma que os seus ramos devem se tornar tenros, e suas folhas devem brotar. Quando isso acontecer, não passará esta geração, ou seja, a geração que presenciar esse fato.

As folhas dessa figueira, que é Israel, sem dúvida alguma já brotaram. Ela estava cortada, mas já ressurgiu. Israel é um país desenvolvido, que exporta tecnologia e tem IDH equivalente ao de países de primeiro mundo.

Também os ramos dessa figueira já se tornaram tenros (agradáveis). Os ramos da figueira são o próprio povo de Israel. Para ver como a Bíblia Sagrada trata o povo de Israel como ramo, basta ler Romanos 11:15-26.

Quando a Palavra de Deus era ensinada pelos discípulos de Jesus, os judeus os perseguiam e os matavam onde quer que os encontrassem. Por isso, aqueles “ramos”, eram considerados cruéis e perigosos. A árvore que Zaqueu subiu para ver Jesus passar, conforme Lucas 19:4, era uma imagem de Israel naquele tempo, uma “figueira brava” ou “sicômoro” (figueira-doida). Eles realmente agiram com loucura ao crucificar o Senhor Todo-Poderoso, o dono da vida, aquele que não pode ser detido pela morte.

Muitos cristãos foram mortos e perseguidos pelos judeus naquela época. Homens como Tiago, Pedro e Estevão perderam suas vidas por anunciar a Palavra de Deus e o nome do Senhor Jesus Cristo.

Quando ressurgiu, a figueira Israel se tornou diferente. Os ramos se tornaram suaves e agradáveis. Isso quer dizer que os judeus não são mais ameaça mortal aos cristãos. Os perseguidores agora fazem convites aos cristãos para que conheçam aquele país.

Interessante é saber que todos os países que fazem fronteira com Israel são considerados perigosos para os cristãos. Porém Israel é como uma árvore que oferece sombra e acolhimento para os crentes em Cristo Jesus. Sem dúvida alguma, as folhas já brotaram, embora não se encontrem ainda os frutos de fé em Jesus Cristo.

Jesus disse que não passaria daquela geração, quando tudo isso se cumprisse. Muitos estudiosos da Bíblia chegaram à mesma conclusão de que uma geração tem setenta anos. Setenta anos durou o cativeiro de Israel na Babilônia. Setenta anos foi o tempo decorrido entre o nascimento do Messias e a destruição de Israel por Roma, por causa de sua rejeição. Se isso for verdade, estamos realmente muito perto do dia da segunda vinda de Cristo, desta vez para fazer justiça.

Portanto é hora de clamar pelo nome do Senhor e Salvador de Jesus Cristo, pedindo o perdão pelos pecados e confiando ser Ele o caminho, a verdade e a vida. Aquele que crer nele e for batizado será salvo, mas o que não crê, já está condenado.

Israel já deu o testemunho da existência de Deus.

Cabe agora a cada ser humano crer nesse testemunho e tomar a atitude correta: Estar na presença do Senhor Jesus Cristo.

“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” (Romanos 1:20)

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